linfedema é o edema de uma parte do corpo, mais comum nas extremidades, devido ao acúmulo do fluido linfático nos tecidos.

Este fluido, chamado de linfa, é formado pelo liquido que extravasa dos capilares e veias e é captado por vasos linfáticos que conduzem a linfa novamente para a circulação sanguínea. Os eventos que dificultam a drenagem da linfa pelos vasos linfáticos causam o edema linfático. Podemos classificar o linfedema em primário (herdado) ou secundário (causas adquiridas). O primário tem causa ainda desconhecida, mas geralmente ocorre devido à ausência ou redução do número de capilares ou gânglios linfáticos. Pode estar presente no nascimento ou tornar se aparente na fase adulta. O secundário ou adquirido tem como principais causas: cirurgias, ressecção de gânglios, obesidade, erisipelas e infecções, traumas, radioterapia, e infecções parasitárias (filariose).

É uma doença crônica, sem cura definitiva, que necessita de cuidados especiais para evitar o agravamento do edema e surgimento de complicações. A complicação mais comum é a erisipela (infecção da pele) que ocorre devido ao acúmulo de líquido que favorece a proliferação bacteriana. O surgimento da erisipela de repetição contribui para o agravamento do edema já que as infecções comprometem a função linfática, gerando assim, um perigoso círculo vicioso. O tratamento é complexo e associa faixas e meias de compressão, controle do peso, drenagem linfática e profilaxia de infecções secundárias. O uso de meias elásticas de alta compressão, perda de peso e drenagens linfáticas semanais tem o intuito de desfazer o edema e evitar o seu reaparecimento. Devemos tomar medidas para evitar o surgimento das infecções de pele e para isso é essencial evitar micoses ou feridas nos pés além do uso de antibióticos e antifúngicos profiláticos.

 

O que é o sistema linfático?

O sistema linfático tem três funções principais:

 

Uma obstrução do sistema linfático diminui a sua capacidade de drenar os líquidos adequadamente, resultando em excesso de fluido em partes do corpo

 

 

Sintomas do Linfedema

 

Linfedema, ou obstrução linfática, é uma condição crônica em que ocorre o acúmulo de líquido linfático (linfa) nos tecidos causando inchaço (edema). O sistema linfático é uma parte do sistema circulatório e vital para o sistema imune e diversas condições podem danifica-lo e causar obstruções e mal funcionamento dos vasos linfáticos.

O linfedema geralmente afeta um dos braços ou pernas. Em alguns casos, ambos os braços e pernas podem ser afetados. A pele pode engrossar e endurecer, podem aparecer bolhas e lesões semelhantes a verrugas na pele. Raramente pacientes apresentam inchaço na cabeça, órgãos genitais ou tórax. O linfedema é uma doença crônica, portanto, deve ser tratado continuamente para o controle dos sintomas.

 

Quais as causas do linfedema?

Os especialistas acreditam que o linfedema primário (aparece desde a infância ou adolescência sem causa definida ou conhecida) é causado por mutações genéticas que podem ser herdadas do país.  O linfedema secundário (adquirido ao longo da vida) pode ser causado por outras condições, como infecções e doenças inflamatórias. A complicação mais comum é a erisipela (infecção da pele) e a linfangite (inflamação dos vasos linfáticos) que ocorre devido ao acúmulo de líquido nos membros que favorece a proliferação bacteriana. O surgimento da erisipela de repetição contribui para o agravamento do edema já que as infecções comprometem a função linfática, gerando assim, um perigoso círculo vicioso. Portanto proteger e cuidar da pele pode ajudar a reduzir o risco de linfedema.

 

 

Existem dois tipos principais de linfedema:

Linfedema primário – muitas vezes chamado de linfedema congênito. O linfedema é evidente no nascimento ou logo após a puberdade. Este tipo de linfedema é raro, afetando aproximadamente 1 em cada 7.000 pessoas.

Linfedema secundário – o linfedema é adquirido ao longo da vida após algum evento adverso como uma infecção, lesão, trauma, cirurgia ou câncer que afeta o sistema linfático.

O linfedema pode ser um efeito colateral do tratamento do câncer, como a terapia de radiação ou a remoção de alguns gânglios linfáticos, que podem danificar o sistema linfático. Este tipo de linfedema é mais comum. É comum o linfedema dos membros superiores em mulheres submetidas a ressecção de mama com esvaziamento dos gânglios axilares.

 

Como é feito o diagnóstico para linfedema

Primeiramente devemos descartar outras causas possíveis de inchaço, incluindo uma trombose venosa ou uma infecção de pele. Nos casos em que o paciente apresentar história recente de cirurgia para tratamento de câncer ou tratamento envolvendo os gânglios linfáticos, o diagnóstico pode ser feito com base nos sintomas. Se não houver uma causa óbvia para o linfedema, alguns exames de imagem podem ser solicitados. As seguintes técnicas de imagem podem ser usadas para ter um olhar aprofundado sobre o sistema linfático:

A linfocintilografia é o principal exame para a confirmação do linfedema – um marcador radioativo é injetado no sistema linfático do pé e um aparelho capta seu movimento através do sistema linfático e identifica quaisquer bloqueios.

 

Tratamentos para linfedema

O linfedema é uma doença crônica. No entanto, o tratamento pode ajudar a reduzir o inchaço e a dor. As meias decompressão funcionam para melhorar o movimento da linfa de um membro afetado.

A Terapia descongestiva complexa (TDC) consiste na combinação de várias técnicas que atuam em conjunto, dependendo da fase em que se encontra o linfedema, incluindo: cuidados com a pele, drenagem linfática manual, contenção na forma de bandagens ou por luvas/braçadeiras e cinesioterapia específica. O tratamento é dividido em duas fases, sendo que na primeira, o objetivo é a redução do volume do membro, tendo a duração de 2 a 6 semanas e a segunda é a fase de manutenção e controle do linfedema.

Os quatro componentes do TDC são:

Ao contrário da circulação de sangue, não há bomba central (coração) que promova a circulação linfática. Portanto o uso das bandagens e meias de compressão sustentam a musculatura e favorecem o movimento do fluido para fora da parte afetada do corpo. Os pacientes também serão ensinados a aplicar suas próprias meias e bandagens de compressão corretamente para manter o tratamento na fase de manutenção.

A cirurgia tem historicamente resultados decepcionantes em comparação com terapias não cirúrgicas para o linfedema.

 

Prevenção de linfedema

O membro afetado é mais vulnerável às infecções da pele porque o fornecimento de linfócitos (que combate a infecção) é reduzido. Se o paciente tomar medidas para minimizar o risco de cortes e lesões na pele, o risco de infecções subsequentes pode ser significativamente reduzido. As seguintes medidas podem ajudar:

 

Relação do linfedema com a dieta, peso corporal e obesidade

Quanto mais pesado for um paciente, maior a tensão nas áreas que estão inchadas. Uma dieta saudável, visando um peso corporal ideal, pode ajudar a aliviar os sinais.